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Doenças reumáticas: conheça as que mais merecem a sua atenção

Mulher idosa com dores nos ombros por doenças reumáticas - Dr. Marcelo

As doenças reumáticas são um conjunto de condições crônicas que afetam milhares de brasileiros. Mesmo assim, poucas pessoas realmente sabem quais problemas estão nesse grupo, seus principais sinais e quando procurar um especialista. 

Por ser um grupo bastante variado de afecções, é importante mencionar as doenças mais comuns. Quando não tratadas corretamente elas podem gerar bastante dor e perda de qualidade de vida para o paciente. Além disso, algumas delas geram complicações graves que exigem tratamento cirúrgico e até podem levar a óbito. 

Entenda quais são as principais doenças desse grupo, seus sinais e compreenda porque elas merecem toda a sua atenção. 

Por que doenças reumáticas precisam de atenção?

As doenças reumáticas atingem mais de 15 milhões de brasileiros atualmente, afetados por mais de 200 condições diferentes, mas igualmente incapacitantes. As condições consideradas como reumatológicas são um fardo grande no sistema único de saúde (SUS) e em hospitais privados. 

Levantamentos mostram que entre setembro de 2019 e agosto de 2020 foram mais de 100 internações por dia no SUS por causa de problemas reumatológicos. Ao todo, foram 40.014 internações por esse motivo. 

Além disso, as condições estão entre as principais causas de auxílio doença e afastamento do trabalho. Perceba, elas causam dor e ainda interferem em todas as outras áreas da vida do paciente. Com menos mobilidade, os indivíduos com problemas reumáticos também sofrem maior tendência a desequilíbrios psicológicos, como depressão e ansiedade. 

Quanto mais conhecidas forem as doenças, maiores as chances de que pacientes procurem um reumatologista ainda no início do quadro. Isso deve ajudar a conviver melhor e evitar perdas significativas de qualidade de vida. 

Quando procurar um médico por causa de doenças reumáticas? 

Quanto mais cedo um paciente procurar o médico para diagnosticar doenças reumáticas, melhor. Tratamentos que começam ainda no início do quadro diminuem a probabilidade de complicações e deformidades decorrentes da doença. Por isso, vale a pena ficar atento aos principais sinais, que incluem: 

  • Dor com sinais de inflamação articular, como vermelhidão, inchaço e calor no local; 
  • Rigidez matinal, que melhora ao longo do dia e ressurge com repouso; 
  • Alterações de cor das extremidades do corpo com sinais, como palidez, vermelhidão ou arroxeamento; 
  • Fraqueza muscular que causa dificuldade para fazer movimentos simples. 

Quem possui histórico familiar de problemas reumatológicos também deve ficar atento. Mesmo sem sinais claros desse tipo de doença, uma visita ao reumatologista vale a pena e ajuda a prevenir problemas mais graves. 

Mulher com dores nas costas por doenças reumáticas - Dr. Marcelo Reumatologista

Doenças reumáticas que atingem articulações

Começaremos falando a respeito das doenças reumáticas que afetam articulações em especial. No entanto, boa parte delas (como é o caso da artrite reumatoide) também pode se espalhar para órgãos internos em quadros raros e graves. 

1. Artrite reumatoide

artrite reumatoide é uma doença crônica e inflamatória que frequentemente afeta diversas articulações ao mesmo tempo. A condição é autoimune e ocorre porque o sistema imunológico passa a atacar o revestimento articular. 

Os sintomas que costumam ocorrer nesses casos são dor, vermelhidão e inchaço, como ocorre tipicamente em inflamações. Mãos, pés e punhos são os locais que geralmente sofrem mais com a artrite. 

Essa doença possui desenvolvimento rápido por ser autoimune. Quando não recebe tratamento, pode gerar danos irreversíveis nas articulações. Como resultado, pacientes que demoram a receber o diagnóstico podem precisar de tratamento cirúrgico.  

Em geral, o tratamento é medicamentoso. Pacientes devem tomar drogas para controlar a atividade do sistema imunológico. Em momentos de crises também é necessário utilizar anti-inflamatórios para diminuir a dor. Existem também terapias complementares, como fisioterapia e terapia ocupacional, que permitem diminuir a dor e voltar às atividades cotidianas. 

2. Osteoartrite

Também conhecidas como artroses, as osteoartrites são as doenças reumáticas mais comuns em consultórios. Elas correspondem a 30% a 40% das consultas e a 7,5% dos afastamentos do trabalho. Ou seja, além de gerar prejuízos individuais para cada paciente, geram também problemas sociais e econômicos. 

A doença ocorre conforme a cartilagem que protege as articulações fica desgastada. Em geral, isso ocorre por causa dos efeitos do próprio envelhecimento. Prova disso é a estimativa de que 85% das pessoas acima dos 60 anos têm evidências radiológicas de artrose, mas nem todas chegam a desenvolver sintomas. 

Conforme a cartilagem fica mais fina e menos elástica, as estruturas articulares sofrem mais atrito. Assim, surgem osteófitos (deformidades nos ossos) e processos inflamatórios dolorosos. 

O tratamento da osteoartrite consiste em uma série de alterações de hábitos de vida e uso de medicamentos para diminuir a inflamação. Não é possível diminuir o comprometimento articular, mas com o acompanhamento adequado é possível evitar episódios de crise e dor. 

3. Espondiloartrite

A espondiloartrite é uma importante causadora de dor na lombar. O problema afeta tendões, ligamentos, cartilagens e ossos de certas partes da coluna, gerando uma inflamação chamada de entesite. 

A região lombossacra é a mais afetada, por isso pacientes podem sentir dores nas costas ou dor referida para membros inferiores. Existem diversos tipos de espondiloartrite, como espondilite anquilosante e artropatias inflamatórias. 

Cada uma possui um mecanismo de formação que deve ser investigado pelo reumatologista. Após saber o que ocasionou a inflamação, é possível definir o melhor tipo de tratamento para o quadro de espondiloartrite

Doenças reumáticas que atingem outros sistemas

Algumas doenças reumáticas têm mecanismos de ação que envolvem todo o corpo. Assim como as anteriores, elas são crônicas e tendem a tornar-se quadros mais graves quando não recebem tratamento. 

1. Lúpus eritematoso sistêmico

lúpus eritematoso sistêmico é uma doença autoimune com sintomas que se manifestam em diversos órgãos. Ela pode afetar: 

  • Pele, com manchas avermelhadas em regiões que ficam expostas à luz solar; 
  • Dor articular; 
  • Dor muscular ou no peito; 
  • Secura ou úlceras na boca; 
  • Dor de cabeça; 
  • Falta de ar; 
  • Perda de peso;
  • Queda de cabelo; 
  • Outros. 

O lúpus varia de manifestação de acordo com cada paciente. Tudo depende da região que é atacada por células do sistema imunológico. Para combater tais sinais é preciso usar medicamentos imunossupressores para impedir maiores danos ao organismo. 

Em momentos de crise também é possível usar outros medicamentos, como anti-inflamatórios, para diminuir a dor. 

2. Esclerose sistêmica

A esclerose sistêmica é uma doença rara, que atinge o tecido conectivo do organismo. Seus sintomas afetam pele, coração, vasos sanguíneos, pulmões, sistema musculoesquelético e trato gastrointestinal. O problema é uma combinação de fibrose e alterações no sistema imune sem causa conhecida. Alguns de seus principais sintomas são: 

  • Inchaço nos dedos; 
  • Contração e perda de movimento em articulações; 
  • Sons irritantes de atrito nas articulações; 
  • Dificuldade para engolir e azia;
  • Doença pulmonar intersticial.

Por ser uma doença com desenvolvimentos bastante graves, o recomendado é iniciar o tratamento com reumatologista e equipe multidisciplinar o mais cedo possível.

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Principais tratamentos reumatológicos

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O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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