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Dor na coluna cervical: possíveis causas e como o reumatologista pode ajudar. 

Mulher com dor na coluna cervical - site Dr. Marcelo Corrêa reumatologista de Belém - PA

Uma dor na coluna cervical pode ter inúmeras causas, desde um mal jeito na hora de dormir, que se resolve de forma simples e espontânea, até uma doença crônica. Mas como saber se o desconforto que você sente na região do pescoço aconteceu por uma tensão no trabalho, pela má postura ou é sinal de algo mais grave?

Infelizmente, não podemos estabelecer uma regra clara, já que as doenças reumatológicas possuem características bastante diferentes umas das outras. Só um especialista em reumatologia consegue realizar o diagnóstico correto e determinar qual doença causa a dor. 

As dores nesta região são um pouco complexas de diagnosticar. Afinal de contas, é uma região comum para torcicolos e tensões que também causam sintomas dolorosos. Que tal entender quais doenças podem estar envolvidas em um quadro de dor no pescoço? Continue lendo para conhecer as principais condições relacionadas e como são definidos o diagnóstico e o tratamento. 

O que pode causar dor na coluna cervical?

A dor na coluna cervical é um sintoma genérico que está relacionado a uma série de problemas. Muitos pacientes chegam a apresentar o sintoma após uma lesão ou trauma, como ocorre na síndrome do chicote após acidentes automotivos. 

O excesso de tensão muscular nos ombros e no pescoço é outra causa comum. Contudo, as doenças reumáticas, frequentemente, são verdadeiras vilãs. Selecionamos algumas das mais recorrentes abaixo, demonstrando os seus sintomas e sinais. 

1. Osteoartrite

A osteoartrite é uma doença proveniente do desgaste da cartilagem que protege diversas articulações do corpo. Mais comum em pessoas da terceira idade, ela é conhecida como uma consequência normal do envelhecimento, porém, alguns hábitos e características do indivíduo podem acelerar o seu surgimento. 

A doença acontece com maior frequência em regiões móveis e que suportam altos níveis de pressão, como a coluna lombar e os joelhos, mas também afeta a região cervical. Este desgaste gera dor na coluna cervical e pode causar compressão nervosa. Neste caso, o paciente sofre com dor, perda de sensibilidade e formigamento no pescoço, nos ombros e nos membros superiores. 

Em quadros mais graves, é possível perceber perda de mobilidade do pescoço e cefaleia frequente. Quanto antes começar o tratamento, será melhor, já que as vértebras cervicais podem sofrer danos irreversíveis em virtude da degeneração. 

2. Estenose espinhal

O canal vertebral tem como função proteger os diversos nervos que passam pela região. Com o tempo, ele sofre algumas alterações como consequência da degeneração articular. Seja por crescimento anormal do osso (no caso dos osteófitos) ou de tecidos próximos, os nervos ficam comprimidos. Uma das principais origens deste estreitamento, que afeta o canal da medula espinhal, está ligada ao processo natural do envelhecimento, mas também pode ser de ordem primária e congênita. 

Os tipos de estenose espinhal são categorizados de acordo com a localização da região atingida na coluna vertebral, tais como: cervical, lombar e torácica. Na estenose cervical, as mudanças estão concentradas na região do pescoço. 

Os pacientes diagnosticados com estenose espinhal cervical são alvo de: 

  • Dormência e formigamento nos membros superiores;
  • Fraqueza;
  • Sensação de queimação no pescoço; 
  • Sensação de alfinetadas na região afetada, dentre outros sintomas. 

Para conseguir um tratamento eficaz, é sempre importante definir a causa do estreitamento. 

3. LER associada à dor na coluna cervical

A lesão por esforço repetitivo (LER), também chamada de distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), é um tipo de síndrome reumatológica comumente associada à dor na coluna cervical. A LER, que representa um grupo de afecções do sistema musculoesquelético, desenvolve-se ao longo de anos após pequenas agressões na região cervical. Em geral, as pessoas que realizam movimentos repetitivos durante o trabalho estão no grupo de risco para a sua manifestação. A agressão ainda pode ocorrer por vibração e postura, algo predominante no caso da cervicalgia. 

A LER/DORT na região cervical está cada vez mais constante, especialmente, em trabalhadores de escritório. Também chamada de “síndrome do pescoço de texto”, ela surge pela posição “abaixada” que os pacientes assumem ao usar o celular ou o computador. Isso gera tensão muscular e rigidez na região. 

Quanto mais tempo demora o diagnóstico, pior fica a condição da coluna. Algumas pessoas chegam a desenvolver desvios posturais, as famosas corcundas, por este motivo. 

4. Artrite reumatoide

Os pacientes com artrite reumatoide são acometidos por dor e perda de mobilidade, quando o sistema imunológico ataca as articulações. Apesar de ouvirmos falar com maior frequência de sintomas que afetam a coluna lombar, os joelhos e o quadril, ela também ocorre na cervical. 

O mais comum é que pacientes desenvolvam a artrite em outras articulações anos antes de ela atingir o pescoço. Conforme a inflamação articular progride, ela atinge múltiplas regiões do corpo e chega até a comprometer alguns órgãos nos casos mais graves. 

No caso da cervical, os sintomas mais incidentes são o inchaço, a perda de mobilidade e a dor. Os sinais são bem distintos daqueles que ocorrem por causa de uma lesão ou outras patologias, uma vez que, raramente, melhoram com o tempo. O ápice da dor na artrite, segundo relatos de pacientes, é após acordar ou depois de horas sem atividade.

5. Espondilite anquilosante

A espondilite anquilosante (EA) é uma inflamação crônica que, com o tempo, gera a fusão das vértebras. Assim como ocorre na artrite reumatoide, a espondilite provoca inflamação devido às reações imunológicas do próprio corpo do paciente. Na maior parte das vezes, a doença acomete homens de 20 a 40 anos com histórico de doenças reumatológicas na família. 

As regiões mais atingidas pela espondilite anquilosante são as colunas lombar e torácica. No entanto, a doença pode chegar à essa parte da coluna e causar sintomas, como dor na cervical, perda de mobilidade e parestesias em razão da compressão nervosa. O diagnóstico precoce eleva as chances de evitar danos permanentes à articulação. 

6. Fibromialgia

fibromialgia não tem cura e provoca dores musculares generalizadas, mas sem que haja evidências de qualquer inflamação. O problema desencadeia outros sintomas, como cansaço e sono não reparador.

As causas da enfermidade ainda não foram esclarecidas, mas há indícios que apontam para uma alteração na percepção de dor do indivíduo. Isso é embasado por estudos que visualizaram o cérebro de pacientes com essa condição.

Além disso, pessoas que sofrem de fibromialgia costumam apresentar sensibilidade em outras áreas do corpo, como no intestino e na bexiga. 

Outro ponto de destaque é que muitos pacientes passam a sofrer da condição após alguma dor não tratada ou doença grave.

A fibromialgia causa alterações no humor e o paciente pode desenvolver ansiedade e depressão. O diagnóstico é sobretudo clínico devido à ausência de inflamações. Mas exames de imagem e laboratoriais podem ser usados para descartar outras doenças.

Pessoa com dor na coluna cervical - Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

7. Osteoporose causa dor na coluna cervical

A osteoporose é marcada pelo enfraquecimento ósseo, tornando essas estruturas mais sensíveis e suscetíveis à fratura. O problema pode resultar em dor na coluna cervical. A doença se torna mais comum com o envelhecimento, mas também pode atingir pacientes em outras fases da vida.

Alguns fatores de risco importantes são a predisposição genética, sedentarismo, dieta pobre em cálcio, tabagismo, menopausa e disfunções na tireoide.

A enfermidade não costuma apresentar sintomas muito claros, mas a suspeita pode surgir em um exame clínico, quando o reumatologista faz questionamentos sobre a saúde do paciente e o histórico familiar, além dos seus hábitos cotidianos.

Mas a confirmação do diagnóstico geralmente exige um exame de densitometria óssea, em que é utilizado um aparelho de imagem para medir a densidade óssea das estruturas mais propensas ao problema, como o fêmur e a coluna lombar.

Quando a dor na região cervical passa a ser preocupante?

A cervicalgia se torna preocupante quando é persistente e vem acompanhada de mal-estar geral e febre. Pois isso pode ser um sintoma de coluna inflamada ou uma infecção.

Além disso, existem outras situações que devem acender o sinal de alerta:

  • A dor é tão forte que impede que o paciente flexione o pescoço e encoste o queixo no peito;
  • Há dormência nos braços e mãos;
  • Há perda de coordenação motora nas extremidades do corpo;
  • O paciente tem dificuldades para caminhar;
  • A dor surgiu após um acidente de trânsito ou uma pancada forte na coluna cervical.

Dicas para prevenir dor na coluna cervical

A prevenção é fundamental para não sofrer com dor na coluna cervical. Adotar hábitos simples no dia a dia costuma ser o suficiente para evitar ou, pelo menos, reduzir o sintoma.

1. Mantenha a tela na altura correta

Muitas pessoas têm o hábito de baixar a cabeça enquanto usam celulares, tablets e notebooks. Mas essa posição aumenta a pressão na coluna cervical e provoca dores. Então, ao mexer no smartphone, levante-o para que fique na altura dos olhos.

Se estiver sentado, uma boa ideia é apoiar os cotovelos em uma mesa, ajudando a manter a tela na posição correta. Para que a experiência seja mais cômoda, experimente comprar suportes adequados.

2. Faça pausas

Ficar longos períodos na mesma posição não é bom para sua coluna. Coloque alarmes para lembrá-lo de fazer pequenas pausas a cada 1 hora. Nesse intervalo, alongue-se, caminhe e troque de posição. Isso ajuda a relaxar a musculatura e manter a coluna alinhada.

3. Use um apoio de cabeça para evitar a dor na coluna cervical

Comprar uma cadeira com apoio de cabeça pode ser um dos melhores investimentos que você vai fazer para prevenir a dor na coluna cervical. A ideia é ter um ponto fixo para apoiar a cabeça o tempo inteiro, assim você evita inclinar-se para olhar a tela, flexionando o pescoço sem perceber.

4. Fortaleça a musculatura

Os músculos ao redor da coluna são importantes para sua proteção. Por isso é fundamental praticar atividades físicas regularmente, com exercícios focados nesta região. Além disso, alongue-se com frequência.

5. Entenda que a dor é um sinal de alerta

Se você está sentindo dor nas costas, não espere o problema se agravar para buscar ajuda. É importante marcar uma consulta com um reumatologista para identificar as causas do problema e iniciar o tratamento.

Assim como ocorre com tantas enfermidades, o diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento e reduz o número de visitas ao consultório.

Mulher com dor no pescoço - site Dr. Marcelo Corrêa reumatologista de Belém - PA

Como ocorre o diagnóstico da dor na coluna cervical?

Para conseguir iniciar o tratamento da dor na coluna cervical com origem reumatológica, o paciente primeiro deve passar por diagnóstico com um especialista da área. Tudo começa com uma avaliação física, além de uma análise do histórico médico do indivíduo no consultório. Muitas doenças possuem sinais inespecíficos, é usual, por exemplo, confundir diversos tipos de artrite. 

Também é importante realizar os exames de imagem recomendados pelo reumatologista. O raio-X, a tomografia e a ultrassonografia da região acometida ajudam a identificar os sinais de inflamação, o desgaste e outros tipos de danos articulares. No entanto, não são capazes de diagnosticar a condição isoladamente. 

Só combinando estes exames com a anamnese feita pelo especialista, será viável detectar qual é a condição específica. Em doenças autoimunes, como artrite reumatoide, alguns pacientes ainda recebem encaminhamento para os exames laboratoriais, com o intuito de investigar os marcadores de inflamação. 

Tratamento da dor na coluna cervical com o reumatologista

Após constatar qual é a condição que acarretou a dor na coluna cervical, deve-se começar o tratamento. Primeiramente, vale a pena mencionar que não existe um protocolo padronizado para todos os casos. Pelo contrário, o reumatologista trabalha com um tratamento altamente personalizado, que leva em consideração as especificidades de cada paciente. 

Os medicamentos têm como objetivo diminuir os sintomas e evitar maiores danos articulares. Entretanto, não existe cura para as condições reumatológicas mencionadas anteriormente. Ou seja, será necessário manter o controle da doença durante toda a vida. 

Vale destacar que os pacientes que recebem acompanhamento reumatológico adequado conseguem conviver bem com as suas condições. Depois dos primeiros meses de tratamento, é possível alcançar o estado de remissão da doença.

Medicamentos para dor na coluna cervical

O tratamento medicamentoso é uma das primeiras opções para lidar com a dor na coluna cervical. Os tipos e as dosagens vão variar conforme cada caso. Mas, de forma geral, são receitados analgésicos, anti-inflamatórios e também relaxantes musculares.

Isso costuma ser o suficiente para trazer um grande alívio ao paciente ou até mesmo deixá-lo totalmente livre da dor. Entretanto, dependendo da situação, abordagens complementares são necessárias para solucionar o problema de forma definitiva.

É fundamental que o paciente evite se automedicar e siga rigorosamente as instruções do médico.

Fisioterapia

As sessões de fisioterapia são indicadas para tratar diversos problemas na coluna cervical. O paciente será instruído na prática de exercícios que melhoram a flexibilidade, a mobilidade e força muscular.

São passadas atividades para áreas específicas da coluna, ajudando a reduzir a tensão. O número total de sessões vai depender da evolução do paciente. Geralmente, o médico recomenda um número inicial e depois realiza uma nova avaliação para observar se o paciente está curado ou se serão necessárias mais sessões.

Mulher sentindo dor -  Dr. Marcelo José Uchoa Corrêa Reumatologista de Belém - PA

Exercícios de correção postural

Muitas vezes a dor nas costas é causada pela má postura. Por isso, durante o tratamento são realizados exercícios de correção postural, que podem ocorrer nas próprias sessões de fisioterapia.

Um dos objetivos é educar o paciente, para que ele mantenha uma postura correta em seu dia a dia, mesmo após o fim do tratamento. 

Cirurgia para dor na coluna cervical

Quando a dor na coluna cervical é severa e não melhora diante dos tratamentos conservadores, a cirurgia passa a ser considerada. Atualmente existem métodos muito seguros para este tipo de intervenção.

Muitas vezes não é necessária uma cirurgia aberta, já que é possível solucionar o problema com um procedimento minimamente invasivo, que preserva as estruturas ao redor da coluna, reduz o sangramento e acelera o tempo de recuperação.

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O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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