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Polimialgia reumática. Entenda o que é essa doença que causa rigidez e dor.

mulher com dor no quadril por polimialgia reumática - Dr Marcelo Corrêa Reumatologista

Na polimialgia reumática o corpo parece “enferrujado” logo depois de acordar. Esse sintoma de rigidez é um dos mais comuns em pacientes diagnosticados com a doença. Apesar do nome ser um pouco desconhecido, essa condição é razoavelmente comum após os 50 anos. 

Quer entender mais sobre seus sintomas, causas e tratamento? Confira nosso guia completo sobre a polimialgia abaixo. 

O que é polimialgia reumática?

A polimialgia reumática é uma doença inflamatória pertencente ao grupo das artrites. Portanto, ela é considerada como uma condição crônica e não possui cura, mas sim um tratamento, sobre o qual falaremos mais à frente. 

O problema surge quando existe uma inflamação nas membranas protetoras de articulações profundas, como algumas localizadas nos ombros e punhos. A doença ocorre majoritariamente no público acima dos 50 anos, sendo extremamente rara em pessoas mais novas. 

Além disso, o desenvolvimento dos sintomas é bastante rápido. A dor aguda pode surgir subitamente à noite ou ao longo do dia. Muitas vezes, o paciente demora a entender que possui uma doença reumática por causa da velocidade do surgimento dos sintomas, diferente do que ocorre doenças, como artrose no joelho, por exemplo. 

Principais causas da polimialgia reumática

A causa direta da polimialgia reumática é desconhecida. Atualmente, especialistas da área entendem que ela não é o resultado de efeitos colaterais de medicamentos ou procedimentos. No entanto, existem suspeitas que ela possa estar relacionada a infecções. 

Pacientes com o problema também não apresentam alterações musculares ou qualquer problema que não seja articular. Alguns médicos também imaginam que a dor em certas articulações seja um reflexo, já que em geral só encontra-se inflamação no ombro e quadril. Portanto, seria possível ocorrer dor em articulações próximas sem inflamar. 

Por último, podemos citar os principais fatores de risco relacionados ao seu surgimento: idade e sexo. Pessoas acima de 50, especialmente na faixa etária acima de 70 anos, e mulheres são muito mais suscetíveis à doença. 

Sintomas da polimialgia reumática

O principal sintoma da polimialgia reumática é a dor intensa nos ombros e no quadril que prejudica sua mobilidade. É comum que pacientes diagnosticados com o problema não consigam elevar os braços acima da cabeça, por exemplo. Os sintomas são muito mais intensos logo após acordar e durante a noite e melhoram ao longo do dia, conforme a pessoa se movimenta. 

Longos períodos de inatividade, como uma viagem de carro, avião ou um dia no escritório, também aumentam a intensidade dos sintomas. A dor pode irradiar para articulações e membros próximos, como: 

  • Pescoço; 
  • Braços; 
  • Coxas; 
  • Nádegas. 

Indivíduos com polimialgia apresentam também alguns sintomas mais gerais, como febre, mal estar, cansaço e sensação de fraqueza. É importante lembrar que, apesar de sentir sintomas similares a quadros de fraqueza muscular, essas pessoas não possuem qualquer tipo de alteração nos músculos.

ilustração de corpo humano com dor no ombro por polimialgia reumática

Polimialgia causa dor nas costas?

Em alguns casos o paciente pode sentir dor nas costas especialmente nas regiões da coluna mais próximas do quadril e ombros. Mas a doença não causa inflamação diretamente nas vértebras, somente dor referida. 

A rigidez também não ocorre nessa região, mas pacientes podem sentir fraqueza muscular e dificuldades para se mover. Os sintomas na coluna vertebral são bem mais incomuns em quadros de polimialgia, mas podem ocorrer. 

Diagnóstico da polimialgia

A polimialgia reumática é de difícil diagnóstico inicial, principalmente quando o paciente não procura um reumatologista imediatamente. É comum procurar um ortopedista imaginando tratar-se de algum tipo de lesão e até mesmo receber diagnóstico incorreto de fibromialgia. 

A suspeita de inflamação surge quando o paciente realiza exames de sangue que geralmente aparecem com indicativos bastante alterados, como índices da proteína C reativa. Mesmo assim, esses testes não determinam com clareza a presença da doença e precisam de complementos. Isso inclui exames físicos e de imagem. 

Em caso de suspeitas fortes de polimialgia, o médico dá início a doses mais altas de corticosteroides. Se o resultado for positivo, o diagnóstico está confirmado. Caso o medicamento não tenha efeito, é provável que exista outra patologia causando dores. 

Outras doenças reumatológicas similares

O quadro mais confundido com polimialgia é o de fibromialgia. A condição é uma doença reumatológica inespecífica que não causa inflamação ou está relacionada a qualquer tipo de infecção e lesões. Quem possui fibromialgia apresenta dores em todo o corpo sem um motivo aparente, além de fadiga, distúrbios do sono, depressão e ansiedade. 

Quando o especialista tem dificuldade para identificar a inflamação presente em pacientes com polimialgia, os múltiplos sintomas podem confundir o diagnóstico. No entanto, os medicamentos usados para o tratamento frequentemente não apresentam resultados. 

Também é possível que pessoas com polimialgia apresentem uma doença reumatológica em conjunto: a arterite de células gigantes, uma doença que pode causar cegueira e outras complicações.  

Possíveis complicações da polimialgia reumática

As principais complicações da polimialgia reumática, quando não tratada, estão relacionadas às limitações impostas pela rigidez e pela dor. Conforme a inflamação progride, torna-se cada vez mais difícil realizar tarefas simples, como sair da cama, pentear os cabelos e até se vestir. 

Dessa forma, é comum que pessoas tornem-se mais reclusas e sofram drasticamente com perda de atividade social. A diminuição drástica da atividade física e qualidade do sono também causa danos gerais à saúde, que prejudica especialmente idosos. 

Considerando que esse público já está mais sujeito a problemas mentais, como ansiedade e depressão, é importante iniciar o tratamento rapidamente para evitar uma progressão da doença. 

Tratamento da polimialgia reumática com reumatologistas

Inicialmente, o reumatologista procura aliviar os sintomas de dor e rigidez da polimialgia reumática para que o paciente consiga retomar suas atividades diárias. Os medicamentos corticosteróides são os mais utilizados e que apresentam melhores resultados na diminuição da inflamação e da dor. 

Conforme a dor diminui, também devem diminuir as doses de medicamentos, até se encontrar um nível mínimo para garantir o bem-estar do paciente. O tratamento medicamentoso costuma durar de 18 meses a 2 anos para evitar a reincidência dos sintomas. 

Ao mesmo tempo, o médico precisará gerir os efeitos colaterais do medicamento e incluir remédios que permitam a redução segura do corticosteróide.  

Remédios corticosteróides possuem diversos efeitos colaterais, mesmo em doses baixas. Entre eles, estão: 

  • Perda de densidade óssea; 
  • Alterações do sono; 
  • Ganho de peso; 
  • Aumento de níveis de açúcar de sangue;
  • Catarata; 
  • Maior sensibilidade na pele e probabilidade de lesões. 

Por isso, o paciente precisa conviver com a condição ao mesmo tempo que gere seus efeitos. Será necessário realizar exames de rotina de densidade óssea, glicose no sangue, entre outros, para medir seu estado geral de saúde. O médico talvez oriente a cessar temporariamente algumas atividades cotidianas, esportes e atividades físicas, pelo menos até que a doença esteja controlada.

Homem com dores reumáticas nas costas site Dr. Marcelo Corrêa reumatologista Belém - PA

Exames para acompanhamento da polimialgia reumática

A polimialgia reumática é uma condição crônica, ou seja, não possui cura, mas pode ser controlada de maneira satisfatória. Muitos pacientes conseguem remissão completa da condição e podem levar uma vida normal sem grandes problemas. No entanto, é importante lembrar que precisa de acompanhamento médico, mesmo quando a condição está em remissão. 

Os medicamentos, como anti-inflamatórios corticoides, possuem efeitos colaterais drásticos. Com o uso prolongado, o paciente pode sofrer com outras condições crônicas, como osteoporose e diabetes. Portanto, o médico responsável precisa solicitar alguns exames de rotina, para entender os efeitos do tratamento no corpo do indivíduo. 

Em geral, o objetivo é saber como o organismo está reagindo aos medicamentos para manter ou trocá-los. O médico também pode solicitar exames de imagem, visando verificar o estado das articulações e regiões do corpo afetadas. 

Exames de sangue

Realizar exames de sangue faz parte da rotina de quem recebe o diagnóstico de polimialgia. Ainda que não sejam suficientes para realizar o diagnóstico ou sequer avaliar o avanço da doença, eles permitem identificar sinais de inflamação. 

Os exames também ajudam a investigar problemas renais e hepáticos que podem surgir por causa do uso constante de medicamentos. 

Tratamento medicamentoso para polimialgia reumática

O principal tratamento da polimialgia reumática ocorre com o uso de diversos medicamentos. Inicialmente, é preciso controlar os sintomas para proporcionar mais qualidade de vida ao indivíduo. 

Recuperar a mobilidade e a independência é essencial, já que a doença afeta regiões como quadris e ombros. Isso significa que, sem o tratamento adequado, as chances de sofrer com quedas e lesões aumentam bastante neste público. 

1. Anti-inflamatórios corticoides

Os anti-inflamatórios corticoides são importantes durante o tratamento da polimialgia, em especial, nos primeiros meses. De forma simples, o seu funcionamento tem como objetivo bloquear os efeitos de alguns elementos químicos que causam a inflamação no corpo. Vale a pena lembrar: assim como qualquer outro medicamento ou tratamento que mencionamos aqui, os anti-inflamatórios não curam a condição. 

A dose de anti-inflamatórios recomendada varia de acordo com o paciente. É usual que alguém precise tomá-los diversas vezes ao dia, em quantidades que diminuem no decorrer dos meses. 

Em geral, os principais sintomas da polimialgia reduzem significativamente alguns dias depois do início da administração dos remédios. Contudo, o tratamento é extenso e deve continuar ao longo de meses, conforme a recomendação médica. 

Um dos fármacos mais comuns para polimialgia reumática é a Prednisolona. Alguns reumatologistas recomendam o seu uso para pacientes com a condição por cerca de dois anos ou até mais. Tudo depende das reações do organismo e efeitos colaterais apresentados por causa do período prolongado de uso dos anti-inflamatórios. 

Efeitos colaterais

Existem diversos efeitos colaterais relacionados ao uso de anti-inflamatórios corticoides. Eles podem gerar alterações de humor, como depressão, ansiedade, pensamentos suicidas e confusão mental. Outros relatos apontam até alucinações, sintomas que devem ser comunicados ao reumatologista, assim que for possível. 

Os sintomas ainda incluem: 

  • Pressão arterial elevada;
  • Mudanças de humor rápidas; 
  • Perda de densidade óssea (pode levar à osteoporose); 
  • Úlceras estomacais; 
  • Probabilidade maior de risco de infecções bacterianas; 
  • Aumento no apetite. 

Em casos de efeitos colaterais severos, o reumatologista pode alterar o medicamento ou diminuir a dose. 

É crucial que pacientes saibam que parar de tomar este tipo de medicamento sozinhos também é perigoso. No caso de efeitos colaterais, procure o seu médico para conseguir reduzir a dose da forma mais segura. 

2. Remédios complementares para o controle da polimialgia reumática

Apesar dos anti-inflamatórios serem o centro do tratamento da polimialgia reumática, frequentemente, são necessários alguns remédios complementares. Os imunossupressores, por exemplo, cooperam para diminuir a resposta inflamatória do organismo em momentos de crise. 

Os analgésicos também são indispensáveis para o controle da dor nas horas críticas. Mesmo remédios mais comuns, como paracetamol, dipirona e alguns anti-inflamatórios não esteroides, ajudam. No entanto, é primordial procurar o médico antes de começar o uso de qualquer medicamento. 

Considerando que a doença é crônica e que o tratamento é longo, as possibilidades de uma interação medicamentosa são altas. Só o reumatologista pode prescrever novas drogas para o controle da dor ou a recuperação da mobilidade. 

3. Fisioterapia e atividades físicas

Além de aliviar a dor, o paciente com polimialgia precisa começar a recuperar os seus movimentos do dia a dia. Em pessoas que ainda estão nos estágios iniciais da doença, a fisioterapia possui um papel preventivo. Como ainda não aconteceu perda severa da mobilidade, é possível utilizar a atividade para a sua manutenção. 

Os procedimentos de fisioterapia também auxiliam no alívio da dor e na prevenção das crises. Algumas técnicas, como a aplicação de calor e gelo, são ótimas para os pacientes mais atingidos pela doença, que não conseguem se movimentar adequadamente. 

Alguns fisioterapeutas aproveitam a sessão para aplicar as técnicas de relaxamento. Já que a ansiedade e estresse têm o poder de intensificar os sintomas, conseguir relaxar pode ser a diferença entre uma noite bem dormida e outra cheia de episódios dolorosos. 

Pacientes com polimialgia reumática podem ter arterite de células gigantes?

O paciente com polimialgia reumática também pode desenvolver um tipo de vasculite chamada de arterite de células gigantes. A doença é uma inflamação que acontece nas células das artérias da cabeça, que, quando não tratada, leva à perda da visão. Assim como a polimialgia, esta condição é crônica e precisa de acompanhamento constante. 

Durante o tratamento, o reumatologista ficará atento aos sinais do problema. Entre os sintomas relacionados, estão: 

  • Dores de cabeça frequentes;
  • Sensibilidade no couro cabeludo; 
  • Dores na mandíbula; 
  • Dificuldades de visão. 

Quem já possui polimialgia e perceber qualquer sinal como os que descrevemos acima, deve relatar isso ao seu reumatologista imediatamente. Logo, o especialista deve iniciar o processo de diagnóstico da doença, para evitar complicações permanentes. 

Diagnóstico de arterite de células gigantes

O diagnóstico da doença é considerado complexo, já que ela não apresenta grandes alterações em exames de sangue ou testes não invasivos. O reumatologista deve solicitar exames laboratoriais para medir sinais de inflamação, anemia e níveis de hemossedimentação. Entretanto, os exames não são conclusivos de forma isolada, uma vez que estes sinais também ocorrem em outras doenças. Para complementar o diagnóstico, é possível usar ultrassom da cabeça. 

Em caso de exames inconclusivos, será necessário realizar uma biópsia. Para isso, utiliza-se um procedimento invasivo com o intuito de remover um pequeno pedaço das artérias temporais e, em seguida, analisá-lo no laboratório. O resultado deve apresentar se realmente existe inflamação ou não, confirmando o quadro. 

Tratamento de arterite de células gigantes

Quando a suspeita de arterite de células gigantes é forte, o médico pode iniciar o tratamento antes mesmo de receber a confirmação da biópsia. A intenção é evitar que ocorra perda irreversível da visão e outras complicações decorrentes deste problema. 

O tratamento envolve a introdução de altas doses de corticosteroides para controlar a inflamação. Depois do primeiro mês, é viável diminuir a dose de medicamentos gradualmente, contanto que o quadro esteja estabilizado. Os resultados devem aparecer rapidamente, com menos dores de cabeça e sem problemas de visão.

Mulher de meia idade com dores nas costas por reumatismo site Dr. Marcelo Corrêa reumatologista Belém - PA

Convivendo com a polimialgia reumática

Como ocorre com outras condições crônicas, a polimialgia reumática nunca vai desaparecer de fato. Mesmo que alguém passe meses ou até anos em remissão, a doença continua lá e há risco de uma recaída ou crise. Portanto, para evitar o agravamento ou o surgimento de outros problemas de saúde, é necessário adotar medidas preventivas, que vão desde o acompanhamento médico e o tratamento medicamentoso em dia até atitudes simples. Confira adiante as dicas que podem ajudar você a conviver com a doença.

1. Proteção da estrutura óssea do paciente

Um efeito colateral comum do uso prolongado de corticoides é a perda de densidade óssea. Como o público acometido pela condição reumatológica costuma ser idoso, o risco de se desenvolver osteoporose é alto. Por isso, desde o início do uso destes medicamentos, o reumatologista deve priorizar a prevenção deste efeito. 

Alguns pacientes possuem alto risco de fraturas, seja pela idade ou pela presença de episódios anteriores. Nestas circunstâncias, é fundamental buscar acompanhamento fisioterápico para prevenir lesões e quedas. 

O médico também deve recomendar a suplementação de cálcio na dieta, por meio de medicamentos ou alimentos. A forma mais adequada varia de acordo com o quadro e as características gerais de saúde do paciente. 

2. Preparação para crises e retrocessos

Depois do tratamento inicial, algumas pessoas atingem um estado de remissão da doença. Isso pode gerar uma sensação de segurança e até a tentação de parar com os medicamentos recomendados. com a intenção de evitar efeitos colaterais. Mas é um grande erro que pode levar a um novo período de crise. 

É fundamental sempre lembrar ao paciente que sua condição é crônica. Após alguns meses ingerindo corticoides, os efeitos devem desaparecer, entrando em remissão. No entanto, a doença continua ali, estagnada. Os sintomas podem reaparecer, caso o paciente deixe de tomar os medicamentos ou até mesmo passe por alterações bruscas de ambiente, estresse emocional e ansiedade.

A única forma de se preparar para estas ocasiões é acompanhar os sinais de perto e manter as visitas de rotina ao reumatologista. 

3. Acompanhamento psicológico nos casos de polimialgia reumática

Quem tem o diagnóstico de polimialgia reumática pode apresentar períodos de sintomas severos, que impedem até levantar-se da cama. A insegurança e a dificuldade para realizar atividades cotidianas, além de mudanças de humor causadas pelos medicamentos, podem exigir acompanhamento psicológico. 

A intenção é evitar episódios de depressão e ansiedade, entre outros sintomas. O especialista também deve ajudar no processo de aceitação da nova condição de vida e a encontrar mais bem-estar junto ao suporte da família e dos amigos. 

Em casos extremos, o psiquiatra é o responsável por recomendar medicação para auxiliar o indivíduo que convive com a condição. O trabalho multidisciplinar permite minimizar o impacto do tratamento na rotina do paciente e, consequentemente, melhorar a sua qualidade de vida. 

4. Grupos de suporte

Os grupos de suporte também devem auxiliar a conviver com a doença. Nestes grupos, reúnem-se pacientes, familiares e amigos que buscam entender como é a convivência com o problema no dia a dia, além de trocar experiências.

Sabendo que indivíduos com a doença frequentemente têm dificuldade de locomoção no início do tratamento, é possível procurar por tais grupos na internet. As redes sociais, como o Facebook, contêm grupos focados no tratamento e na convivência com problemas reumatológicos crônicos deste tipo. 

5. Controle do peso e diabetes

Alguns efeitos colaterais dos corticoides em destaque são o ganho de peso e o aumento dos níveis de glicose no sangue. Mesmo quem não possui diabetes tipo 2 antes de começar o tratamento, pode desenvolver a doença. Já quem era portador do diabetes, pode notar certo descontrole. 

Nesta situação, outros profissionais da equipe multidisciplinar de tratamento entram em ação. O nutricionista deve orientar a dieta para manter os níveis de nutrientes adequados e evitar ou diminuir ao máximo o ganho de peso. Um plano nutricional associado às atividades físicas deve viabilizar este controle, além de reduzir os episódios dolorosos. 

Quanto ao diabetes, requer acompanhamento do endocrinologista na missão de controlá-lo. 

6. Controle no consumo de álcool e cigarros

Quem está em tratamento para polimialgia reumática precisa evitar ou parar de consumir álcool e cigarros. As duas substâncias causam sérios prejuízos ao organismo e elevam as chances do surgimento de comorbidades, como diabetes tipo 2, úlceras estomacais e osteoporose

7. Consultas regulares com o reumatologista perto de mim

Só o reumatologista perto de mim consegue acompanhar o caso e determinar quais caminhos seguir com o tratamento. No início, o especialista pode pedir consultas rotineiramente, de quinze em quinze dias ou até semanais. Mesmo que o paciente se incomode com a frequência, é importante mantê-las. Caso contrário, o seu tratamento pode perder parte da sua eficiência. 

O especialista precisa ver o paciente com tanta frequência para controlar os efeitos do tratamento. Só assim consegue verificar se precisa trocar de medicamentos, aumentar ou diminuir a dose ou até recomendar um tratamento complementar com outros especialistas. 

A consulta por telemedicina é uma forma de manter este atendimento ainda mais próximo. Quando alguém está em período de crise, é possível utilizar esta ferramenta adotada por alguns reumatologistas, com o objetivo de receber o atendimento necessário sem precisar sair de casa. 

8. Documentando sintomas da polimialgia reumática regularmente

Alguns reumatologistas pedem que o paciente com polimialgia reumática realize um tipo de diário de sintomas e sinais da doença e condições relacionadas. Logo ao acordar, observe o estado do corpo e faça anotações. Esta descrição detalhada ajudará nas próximas consultas com o médico. 

Afinal de contas, por intermédio deste diário, é viável constatar o sucesso do tratamento e até sinais de uma crise que está iniciando. Desta maneira, o médico consegue entender melhor os efeitos colaterais dos corticoides prescritos. 

Os pacientes podem aproveitar o “diário” para escrever dúvidas e questões que precisam levantar na próxima consulta. É normal estar cheio de perguntas, sendo recorrente esquecer parte delas ao chegar no consultório. 

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O Dr. Marcelo Corrêa é formado pela UFPA, com residência em Clínica Médica pela Universidade de Taubaté e em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina e Mestrado em Reumatologia pela mesma instituição. CRM/PA 6388. RQE 5441.

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